Eu vou caminhando, caminhando, caminhando.... recolhendo os pedaços de sonhos caídos no chão, daqueles que jogaram seus sonhos como se fossem um simples pedaço de papelão. Um pouco triste e aborrecida, severa e abrupta, porque nunca foi saudável se sentir parada e nem sentir como se o tempo fugisse pelas mãos. Vou juntando os pedaços de angústia, que no fundo se instalaram pela frustração do sonho, e nem isso me faz desistir! Por que amor, amor é uma espécie de combustível que não se torna escasso, nem impede que você viva ou sonhe. É o que rege a nossa vida, dá direção aos nossos passos; os mesmos que dou são dessa magnitude. Então continuo pegando meus sonhos que não estão no chão, e nunca estiveram, mas sim dentro do coração e não deixarei que um dia passem perto do que chamamos de solo; se fosse coisa boa não pisaríamos em cima!
Chora, chora, chora... passa a mão na cabeça. Acena, diz que ta tudo bem e sorri. Não corre... fica! Resiste, insiste e não desiste. Sabe que pode, que já está lá antes mesmo de estar definitivamente. Padece da própria pena e dor. Se abraça, se envolve... grita como se fosse ficar muda... mas ninguém escuta, ninguém quer ser o salvador da sua pátria. Salvação que nem mesmo se conhece, porque vive fora do seu eu. Mas a sua essência traz flores e alguns espinhos: flores para os próximos, espinhos para os inóspitos.
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