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domingo, 6 de março de 2016

O Que Você Faria Se Fosse Com Você?




  
   Ando fazendo essa pergunta para mim desde sei lá quando, sempre quando paro para (re)pensar minha trajetória até onde estou hoje. De todas as escolhas que fiz, eu perdi algo, talvez igualmente do tamanho daquilo que ganhei da escolha em questão, mas nem sempre. Às vezes o que ganhamos é tão imenso, que nem sabemos como lidar com isso. É difícil ter que dizer isso mas... Lidar com o sucesso é tão penoso quanto lidar com o fracasso. Às vezes. E ainda que a grama do vizinho sempre apeteça mais os nossos olhos, será mesmo que o jardineiro é ele ou alguém cuida desse jardim para não mostrar as folhas que caem todos os dias no chão? Na dúvida, é melhor não desejar outros jardins além do seu. Certamente, com relação as nossas atitudes na vida, sempre será mais fácil avaliar a do próximo com  intenção de que se fosse conosco, agiríamos de tal forma que o outro não se queixaria de nós. Em outras palavras, sempre faremos melhor qualquer situação que de fato não aconteça conosco e não envolva principalmente o nosso emocional, o maior causador de desafetos no planeta por falta de compreensão e empatia. E eu te pergunto: o que você faria se fosse com você? E se você se encontrasse encurralado entre dois mundos e o seu? E se você precisasse escolher algo que lutou para ter durante toda vida e, de repente, precisasse remar o barco para outra direção, sem nem mesmo te perguntarem se era essa a sua vontade? Aliás, alguém já te perguntou qual é a sua vontade? Como, quando e o quê você realmente quer? Alguém já olhou e te enxergou? Ou foram pessoas que passaram te olharam e continuaram suas respectivas caminhadas? Talvez o segredo de uma vida mais feliz seja esse: ter sensibilidade. Ser dono da sua felicidade, mas ter uma participação enorme na do próximo. Isto é tão gratificante como se a felicidade fosse sua também. Mas é tão mais fácil mostrar precipícios e erros confortáveis de se cometer para o próximo, não é mesmo? Quantos de vocês torce DE VERDADE para o sucesso da vida do seu próximo, inclusive do seu inimigo? E se você todos os dias tivesse que lidar com o seu maior inimigo, o que você faria? Quem é o teu maior inimigo? Alguém que você criou um desafeto enorme ou você mesmo que se sabota todos os dias? Já parou para pensar qual é a primeira pessoa que você se depara de manhã? Se você disse “eu mesmo”, você acertou. É preciso olhar para nós mesmos primeiro antes de olhar para o próximo. O eterno caminho do “conhece-te a ti a mesmo”. Se você não pensou que pudesse ser uma resposta tão óbvia, significa que você subestima demais as pequenas coisas e, consequentemente, julga demais o seu próximo. E aí, voltamos na mesma pergunta: o que você faria se fosse com você? Olhar no mesmo e conseguir se orgulhar é uma tarefa que poucos conseguem e para tal ação, haja paciência e otimismo. Mas ao olhar para o teu próximo, sê ainda mais paciente e otimista. Um “olá” para alguém pode salvar uma vida.


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