Visualizações de Página

sábado, 31 de janeiro de 2015

A Parte Que Me Toca




Incansáveis mesmo são as estrelas
que insistem em brilhar todas as noites
em um céu infinito de possibilidades
Deixo de lado toda minha inflexibilidade
Abro espaço para toda minha felicidade
A forma do ser, o jeito de ser, o prazer de viver
Quão mais fácil é viver sem pertencer
Porém, tão mais insensível viver pra esquecer
Tantas vidas cruzam nossos caminhos
Céu, mar
O riso infinito
Num abraço contido
Dentro do Ser Maior, me purifico
Deus é água, terra, fogo e ar
Não deve ser tão difícil me amar
Mas coloco cercas onde eu possa me apoiar
Pra não me machucar
Nem deixar você me levar
Porque eu sei que o melhor sentimento é amar
Mas não consigo me expressar
Tudo que eu queria dizer
Afoga-me antes mesmo de te ver
Nem sei se quer me pertencer
Eu digo isso, porque logo me vi enamorada por você
Mas assim, sem querer, não chego a te pertencer
Por quilômetros impostos
E um destino tão engraçado
Como soa o vento quando chega em forma de canção
A doce porta do meu sofrido coração
Que o seu também viveu
E assim sofreu
Os dissabores de viver
Tudo aquilo que nos faz enlouquecer
Segura em mim
Segura a minha mão pra mim
Caminha comigo, juntos, assim
Pra que eu possa voltar pra mim
Vem pega minha mão e ergue ao céu
Prove os meus lábios doces
Curvas com mel
E sinta elevar-se em uma nuvem de sensações
Em auges estonteantes, diálogos marcantes
Sons vibrantes
Após se deitar
Vem, curva o teu rosto, mas não abaixa o seu corpo
Que é pra ver se meus olhos penetram nos seus
Tanto quanto o seu corpo se combina com o meu
Em um mar de lençóis não experimentados
Calor num quarto, corpo suado
De tanto amor que não soube ser aproveitado
E então se foi mais uma noite
Acorda, me dá um beijo e logo uma boa noite
É hora das estrelas brilharem outra vez!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Viva e Deixe Viver




Que o tempo nunca seja a favor da dor
Que o amor resista ao tempo
e as diferenças
e ao oculto.
Que tenhamos leveza no olhar
E alegria nas atitudes
Que tenhamos mais voz ativa
Em prol de nossas boas atitudes
Que sejamos arco-íris após uma tempestade
Que nossos olhos possam encontrar a luz
Sem ter que passar sempre pela necessidade
Que por mais agitado que o mar esteja
Possamos navegar com clareza
Nuvens escuras
E um porto preparado
Para embarque e desembarque
De capitães e tripulantes
Que a força da correnteza
Seja menor que a nossa força interna
Que os motivos para sorrir
Se façam presentes
Até mesmo embaixo da terra
Flores, sementes e água.
E caso eu feche meus olhos
E respire bem profundamente
Que a alma seja um bode expiatório
De tudo que se passa nessa mente
Que o vento da nova estação
Traga acalento para todo e qualquer coração
Que nem todos se desanimem com o primeiro não
Que todos possam perdoar e pedir perdão
Que todo orgulho seja em vão
Que a música sempre me inspire
Mesmo que os dias não
Que a falta me ensine algo sempre
Que meu coração seja de uma eterna criança
Doce e gentil
Aspirante e cativante
Destemido.
Quero me lembrar sempre
dos momentos em que sonhei acordada
vendo as melhores estrelas na madrugada
Quero sorrir para as fases da lua
E dançar em dia de chuva
Olhar para as flores
Girar um guarda-chuva
Andar de all star
Pintar minhas unhas
Tocar piano
Chorar numa música
Compor com meu violão
Sentar e assistir televisão
Quero tomar um sorvete
Esbanjar-me com um banquete
Quero ser apenas contente
Abraçar um idoso
Ser palhaço para muita gente
Da verdadeira graça
Que desperta o riso em toda praça
Quero ser um dia de sol
Com o frescor do inverno
Quero estar sozinha
Sem viver um inferno
Quero o que você quer
Mas que seja sincero
Basta viver.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Decepção



Decepção não mata
Ensina a viver
Errar é humano
Continuar no erro é não querer ver
Viver é uma arte
Mas nem todo mundo é artista
Fool me once, shame on you
Fool me twice, shame on me.
E é assim, nos ditados da vida
Que se pautam várias histórias
Fico triste por saber que tudo que eu espero
Acontece de maneira abrupta
Porém “tão bem” programada
A decepção merece um perdão
Mas longe de mim
Já fui boca da multidão
Disseminei palavras
Incentivei o perdão
E nada foi em vão
Sementes plantadas no bem
Vingam em um futuro
que sempre vão muito além
do que os olhos podem ver
e do que nós somos permitidos saber
Vale ter a fé e se apegar
Saber esperar
Nunca se vingar
Saber orar
Saber pedir
Esperar a hora certa
para o seu futuro surgir
E ainda vale a pena ser amor
Vale a pena sentir dor
Vale a pena ser feliz
Ter um Primeiro-motor
Vale a pena ter o que tanto se quis
Vale a pena rir até tremer o nariz
Correr no campo entre as flores
Se vestir de palhaço
Pedir bis!
Vale a pena ser o que sempre se quis
Persistir em um sonho
Somente pra ser feliz
Vale a pena se jogar
Encarar o mar
Remar contra a maré
Ajudar os peixes a nadar
Impulsionar a vontade
Relaxar de verdade
Sentar na rede
Olhar pro verde
Abraçar de verdade
Vale a pena ter uma decepção
Ensina-te o dobro
É como receber um não
Não se pode ter tudo nas mãos
E nem tudo que podemos ter
Cabe em nossas mãos
Portanto, leve tudo que puder em seu coração
Nele tudo caberá
Se nada for em vão
Leve na bagagem da alma
O que há de melhor em uma canção calma
E dance eternamente
Como se a vida fosse sempre
Uma valsa intensa
Propensa a erros
Mas sempre movimentada
Feita para todas as idades.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Comédia Barata




Estampei o arco-íris nos meus cabelos
Sentei-me no sofá
Comecei a observar certo filme
Drama mexicano
Entre o sangue do meu sangue
E um alguém se explicando
Na TV passava-se Kill Bill 2
Cena engraçada
Um velho doutrinando uma menina
Criança demais para se defender
Adulta demais para sofrer
Puxei minha cadela querida
Olhei em seus olhos, suspirei
E disse que a amava.
Cena super comum para mim
Trocar palavras com os animais perto de mim
Afastei-me e respirei
De repente
Toda aquela situação me levou ao passado
E num instante
A um passado que não era meu, também
Naquele dia eu deitei em seu peito
Acarinhei e também suspirei
De todos os erros que eu poderia cometer
Esse foi o que mais acertei!
Erro marcado, insinuado
Erro debochado, ríspido
Erro admirado
Uma vez já enganado
Nem sequer pediu carinho
Deitou em meu colo
Como se estivesse em um ninho
Erro engraçado
Diria quase cômico.
Voltei para a realidade
Olhei para tudo que já senti saudade
Eram tantas coisas...
Que resolvi sorrir para ocultar a verdade
De quem ali me olhava
Toda desconfiada
Já vacinada.
Tolice pura esperar tanto
Sem nem saber o que esperar da espera!
Não, para
Quanta tortura desnecessária!
Resumiu aquilo tudo
Em uma única palavra
Saudade.
Momento.
Jamais largará o seu conforto
Para experimentar outro acalento
Quase o conheceu
Se não fosse seu medo
Rimos, brincamos, cantamos
Beijamos, dormimos e suamos.
Bastante.
Entre um café e outro
Um olhar e um sorriso maroto
A cada dia, aplico uma nova vacina
Cada vacina contém uma lição
Que varia de acordo com o nível da exposição
Eu bem vi aquela cena algumas vezes
Comédia barata
Contava piada
E alguém ria várias vezes
Tipo filme romântico clichê
Discutia a relação
E terminava num privê
Aceitação em excesso
Verbalização sem conteúdo
Paciências estouradas
Vidas com escudos
Armaduras quase intocáveis
Mas as mentiras atravessavam como espadas
O soldado não morreria
Pois ele também as utilizara
Mas a mentira é o sustentáculo das maiores felicidades
Palco de Romeu e Julieta
Odisseia um tanto pacata
Bem previsível, por sinal
O fim não chegou porque não é admitido
Mas nenhum crime é perfeito...
Entre mortos e feridos
A solução é dar um jeito!
Que jeito?
Ah, cada um tem o seu, meu bem.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Momentos




Quão tolo é o homem
Ele acredita que a paz dele
Será encontrada ao testar o limite do próximo
Quão feliz pode ser um homem sem princípios?
Do que adianta ter liberdade de escolha
E passar uma vida escolhendo o conveniente
Que a zona de conforto lhe permite?
Em que parte eu me perdi na história
Em que é normal trocar a gentileza
Pela indelicadeza?
Desde quando uma flor perdeu valor
E abriu espaço
Pra pequenas ofensas e pra dor?
Qual melodia meu amor cantou
Que com o vento se levou?
Questões tão inquietantes
De constância periclitante
Eu que nunca me calei diante da injustiça
Uma solidão elegida pela conquista
Conquista essa da verdadeira liberdade
Aquela que a minha mente cria
Que me permite voar
Sem me calar para a verdade.
Quantas vezes mais serão apontados dedos
Ao invés de estenderem as mãos?
Quantas vezes mais teremos que ceder com um sim
Quando sempre nos dizem um não?
Nem adianta ir contra a maré
Corrente forte só arrasta quem não finca os pés
São como flores sem raízes
Não há vida.
Que vida eu dei para a minha vida?
Quando foi que se esquecer virou rotina?
Uma vez, sim.
Duas talvez.
Três jamais.
Eu que me recuso!
Viver enganada por um “amor” tão escuso.
Não, estou longe dos problemas.
Costuma ter nome e até recitar poema!
Se a vida é feita de escolha
Eu escolhi ser feliz
Só baixo a guarda do meu coração
Se a vida, assim, quiser, então.