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terça-feira, 17 de junho de 2014

"Ca-fé"



Eu vou "ca-fé" que Deus me deu
Com sabor amargo da renúncia
E forte da conquista
Eu vou "ca-fé" que eu tenho
Muros, redemoinhos
Sombras e ventos
Café é bom sim!
Lembrar que a vida só é doce
Se preparamos tudo na medida certa
Mas se meu café for sem fé
Adiciono açúcar a gosto
Que é pra ver se no rosto
Aparece um sorriso meigo, feliz
Não precisa ser estilo chafariz
Que jorra o som da risada
E ecoa na eternidade
De uma rua sem saída
"ca-fé" é importante?
"ca-fé" é necessário?
Será que rio da certeza
Ou rio do acaso?
E de tanto que esquentei, requentei
Seu gosto modificou-se
Porque amor não é para ser assim
Águas quentes, escuras, sem fim
É para ser prazeroso, cheiro gostoso
De um alguém para cuidar de mim
"ca-fé" que eu tenho
Provo de tudo
Gostos semelhantes
Vejo até no meu futuro
Mas da bebida dos deuses
Não sei se tomarei
Como não querer
Aquilo que sempre beijei?
Fotos de um amor para recordar
Café que eu tenho
Eu fiz para te dar
Do fraco ao forte
Em mil partes se dá
Para aquele que em atitudes
Ensinou-me a estrutura maior
Benzenos... Aromas que derretemos
Nos corações brandos
Permaneceram na chama
De um amor que não se ama
Mas que se doa toda vez que se lamenta
Que o tempo e as verdades
Nunca serão seus problemas.

"Ca-fé"? Aceito sim!


domingo, 15 de junho de 2014

Nossa Ligação


Os caminhos que se cruzam

Os cruzamentos que nunca se encontram
Os desejos sentidos
Os sentimentos proferidos
Eu volto no tempo
Eu volto, sim
Mas, mas, mas...
Se, se, se...
!!!!!!!!
Aquelas palavras ditas
Aqueles sentimentos contidos
Nas palavras
Nas palavras ditas
Nas palavras escondidas
No seu oculto
Que divide-se em três
E como pode
Um segmento entre dois pontos
Encurtar distâncias?
Se tudo o que fizemos
Foi aumentá-la?
E dizem que o amor não ocupa espaço
Ele é um volume
Instável e insistente
Irritável e consistente
Consiste em tudo o que sempre quis
E em toda falta de coragem
Falta de vontade
Medo, tortura
Aventura, arrependimento
De se viver aquilo que nunca viveu
Ou de reviver aquilo que um dia
Você sorriu
Você sorriu!
Você riu!
Você viu!
E te tocou
E tocou-se de volta
E retomou-se tudo o que não se tinha
E o que se tinha
Perdeu-se
Como peixes no oceano
Como manadas num céu africano
Como um coração confuso
Que navega num oceano
Oceano esse de imensas funções
Inúmeras probabilidades
Que na vida se resumem
A uma única certeza
SER FELIZ!

sábado, 14 de junho de 2014

A Consciência da Consequência


Como num cálculo impreciso
Necessito saber se há ou não de fato
Uma resposta
Mesmo que não completa
É aquela tal energia
Que nos impulsiona
É que a energia que me conduz
Não pode ser definida
E= m.c²!
E = m.c²!
Minha igualdade não é a sua
Sua precisão não é a minha
E de repente
Eu vejo que definir modelos
Não é o suficiente
Porque minha mente limita-se
Limita-se em expandir-se
Para o que eu chamo de realidade
Para o que a Scientia chama de racionalidade
Eu não consigo definir 
Quantas metades cabem no meu inteiro
Qual é a distância 
Entre dois corpos não-inteiros
Eu não consigo definir 
Se eu pertenço a essa Ciência
Ou se ela me pertence
Já não consigo definir 
Se há clareza nos números
Ou procura sem acessos
Se me há loucura por bloqueio
Ou clareza por excesso
Não defino, mas sinto
Não definho, nem vivo
É porque a clareza que me acomete
Sem querer te compete
Enfrente, apóia
Mobiliza, desafora
Confronta, desmoraliza
É uma sucessão de passos
E não se finda a vida
Que fazer da consciência
No surto da clareza
Que me faz falar por séculos
Sobre o que de fato
Nunca me pareceu o certo?
Que me faz sentir falta da razão
Que nunca disse um não
E também nunca deu perdão
Ao que nunca tinha dito?
Eu enlouqueço em tentativas
Encadeada, sufocada
Por aquilo que em palavras
Não se consegue por em ações
Se faço, é porque fiz
Se deixo, é porque não ligo
Que faço da clareza
Sem que dela me façam um bicho?