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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Chespirito

Pequena homenagem a um dos meus maiores ídolos que deixou este mundo para alegrar os céus... E nada do que eu disser será suficiente para expressar o vazio que se encontra em mim hoje.

GRACIAS SIEMPRE, CHESPIRITO.

21/02/1929 - 28/11/2014 



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Oh... Portunidade!




Thanks for all the messages filled with love from my readers of all over the world. You guys are amazing!
To contact me just leave a comment bellow the text and I'll answer later. :)

Perder para notar
Perder para amar
Doar, apegar-se
Diálogos que não terminam
Como promessas que não se cumprem
Discussões que não tem um objetivo
Os seres humanos gostam da perda.
Em especial as de oportunidade
De ser feliz, ser agradável, agradado.
De abraçar, beijar, acarinhar.
De rir sem um motivo específico
Como uma careta num momento difícil
Perde-se o gosto, a vontade, o respeito
Perde-se, até mesmo, o amor próprio.
O tempo escapa
Porque não é possível perder aquilo que nunca se teve
Quem nunca perdeu?
Quem nunca se arrependeu?
Ir ao encontro de alguém
E não encontrar ninguém...
Alguém bom, amigo, querido.
Companhia quase extinta do mundo
Que vive mais a sombra do medo
Que da própria vontade
e a coragem de ser quem realmente somos
Sem maquiagem, sem teatro
Mas tem que ter empatia!
Porque é preciso, primeiro
Perder-se para depois se encontrar
Aquele nunca se perdeu dentro de si
Não saberá ajudar alguém sem rumo
Porque nunca encontrou outra estrada na vida
Se não aquela que sempre o levou para o mesmo lugar
Com os mesmos resultados
As mesmas pessoas
As mesmas sensações desgastantes
Sem novas aventuras
O que seria da vida sem uma boa aventura?
Por ventura eu descobri isso
E para cada nova descoberta
Abro mão de outra coisa
Aquela história
Escolhas e renuncias
Com alguns arrependimentos, sim
Porém sempre de cabeça erguida
Porque não há bem-estar maior
Do que uma mente tranquila
De uma decisão bem tomada
A quem carrega a dor
Sabe dar uma boa risada!
E a estrada da vida continua infinita
Como uma bela poesia
Costuma encher-me de alegria
Ultimamente sonhar
Tem me dado uma agonia...!
Mas tudo passa
Tudo é fase
Carrego no peito uma catarse
E algumas reflexões
Assim já dizia Clarice:
“Essa clareza de realidade é um risco.”
Mas eu já me decidi...
Ou eu me arrisco
Ou eu não vivo.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Futuro Promissor





“Minha meta para 2015 é:
Brigar menos
Ser mais feliz
Dar mais valor as coisas simples
Ver mais os meus amigos
Trabalhar menos
Ter mais dinheiro
Gastar menos
Viajar!
Ah, viajar...
Há quanto tempo eu quero isso!
Mas eu também quero melhorar meu corpo...
Hum, preciso fazer atividade física!
Olha essa barriga sobrando!
Muita cerveja...
E eu que me controlo tanto durante a semana
Evito doces, frituras
Acho que irei caminhando até o trabalho
Melhor! Melhor!
Acho que vou de bicicleta!
Sim, porque aí eu faço um exercício mais completo!
Mas se eu for de bicicleta
Vou chegar suado...
Não... Isso não é legal
O que irão pensar de mim?
Vão dizer que eu não tomo banho
Não, não
Melhor ir de ônibus e correr a noite
Mas a noite eu chego cansado
Hum, o que faço agora?
Já sei... Vou até a praia no final de semana
Ótima ideia!
Assim posso respirar mais tranquilamente
Ouvir o som do mar
E talvez, quem sabe
Convidar alguém para sair comigo
Mas espera...
A praia sempre está muito cheia
A criminalidade está em alta
Pensando bem, mesmo que eu compre um protetor
Melhor ficar em casa no final de semana
Acho que vou ao cinema
Para quem eu vou ligar?
Hum, deixe-me pensar...
Ah! Vou ligar para a Marília
Certamente ela gostará de ir ao cinema comigo
Faz tempo que não a vejo também
Não... Mas Marília está viajando.
Deixe-me pensar em outra pessoa...
Já sei... Meu amigo Carlos
Parceiro de todas as horas
Sempre me acompanhava quando adolescente
“Tu... Tu... 
Sua chamada está sendo encaminhada para...”
Hum... Carlos não me atende.
Será que está ocupado ou quis me evitar?
Ih, olha... Uma mensagem
É Carlos, se desculpando por não ter atendido ao telefone
Sua mulher estava em trabalho de parto.
Eu o cumprimentei e finalizamos nossa conversa
Via mensagem mesmo.
Hoje já é sábado e não achei alguém ainda
O que vou fazer?
Preciso de alguém...
Já sei!
Vou ligar para Amélia
Amélia, sim, era alguém que me interessava...
Sempre estive ocupado demais para dar atenção a ela
Mas eu gostava dela
Ligo ou não?
Bom, não custa tentar...
“Tu... Tu...
A:  Alô?
X: Alô? Amélia?
A: Olá!! Há quanto tempo não conversamos. Tudo bem?
X: Tudo ótimo e com você?
A: Tudo bem, sim. Somente muito atarefada.
X: Amélia desculpe ligar em cima da hora,
mas gostaria de te convidar para ir ao cinema
ou a um bar
O que você me diz?
A: Poxa... Um convite inesperado após tanto tempo
sem nem ao menos falar com você,
mas não posso lhe fazer companhia.
X: desculpe perguntar, mas porquê?
A: porque meu noivo está a caminho de casa.
X: certo. Obrigado do mesmo jeito...”
Desliguei o telefone
e confesso que não estava esperando por essa
Amélia... Noiva...
Eu ainda estava sozinho.
Já é Domingo de noite
Estou deitado.
Sozinho.
Triste.
Fiz promessas para um ano todo
Comprometi-me comigo e um ano se passou
Tanto me comprometi comigo
Que perdi todas as oportunidades que a vida me deu
Mas em 2016 tudo será diferente!
Eu vou me comprometer com o mundo
Vou agir diferente!
Ou será que é essa a desculpa que dou a mim mesmo
para não ter que lidar com nenhum sentimento aparente?
Volta, tempo, volta...
O peso da idade se aproxima e eu sinto a falta dos momentos que perdi
Prometi demais e não consegui
Não cumpri
Será que se eu viver hoje
Ainda vou ter tempo de sorrir?”


sábado, 15 de novembro de 2014

Fragilidade II




...Nem sabia que ao tentar enganar o próximo
Mais me repelia
Lembro de todos que se foram
E essa fragilidade da vida
Tem gente que veio pra ficar
Tem gente que passou pra decepcionar
Teve até alguns que tentaram ficar
Mas o tempo quebra casas
Feitas ao pé do mar
Teve um que veio, ficou
Logo menos se soltou
Disse tantas mentiras sinceras
Que o outro quase comprou
Não me interessam mentiras
Nem as sinceras
Me interessam os que se doam
Os que se mostram
Quem é o que é
Não um molde do desejo alimentado pelo ego
O ego que insiste em dizer:
“vem você, senão não vou”
Não, eu não vou.
Não vou mais!
Fui pra dividir
Você me fez de capataz
Eu até ia
Mas confesso que olhei pra trás
E vi um texto mal redigido
Cheio de falhas
Como um caráter em formação
Não havia vírgulas nem pontos
Mas era notável que muita coisa não era real
Real é a vida que se leva
Que se sente na carne
o que Deus projetou pra Terra
Eu costumo dizer que a falta é amiga do aprendizado
Ou você tem uma boa aula e aprende
Ou se faltar nela
A ausência do saber causará danos
Você sempre soube
Não pode culpar
Se eu fechar a porta
Não irás mais voltar.
Eu tinha algo para fazer
Eu queria fazer algo
Eu gostava.
Eu dei a desculpa que ia dormir
Sei lá
Ia ler um livro, talvez
Menos fazer o que eu havia me proposto
Eu achei que enganava tão bem
Que passava assim
Meio despercebido
Mas a fragilidade da vida também é assim
Faz-nos propor metas que não podemos cumprir
Ao mentiroso, a mentira, claro
E aí o coração bate naquele nível
Meio café requentado
Meio cerveja fresca
E você pensa:
“ou é 8 ou é 80”
E aí, já sabe o que vai pedir?
Não me culpe depois
Se a vida te impedir
Talvez você não carregue essa culpa
É comum culpar a vida
Mas se queres saber
Ela é mesmo muito frágil...

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Fragilidade I

Message to all my readers:

Dear readers from all over the world, be my guest to check it out my website and please, leave your comments, requests and opinions, they're vey welcome here. From now on, I'll try to keep in touch with my readers when you leave a comment bellow the texts. I also am very thankful for all your happy thoughts and for following my Blog. Thank you all so much.




Afinal de contas
Do que é feito a vida?
De sonhos, momentos, experiências?
Será a vida feita para viver sem expectativa?
Como numa incrível ironia
Até pela morte se espera sem querer
Eu precisava fazer algo
Precisava ler um livro, terminar um exercício.
Eu precisava fazer algo!
Eu precisava dizer, desesperadamente
a importância das "coisas"
Dos sentimentos, sabe?
A importância de uma Vida dentro da própria vida!
Eu precisava, eu queria, eu gostava de dizer
O quão importante era ter você perto de mim
Em meu coração
Eu precisava dizer que você era dócil
Mas havia alguém que também me dava colo
E tinha outro alguém que me escutava
O outro me abraçava
O outro me ninava
O outro me acarinhava
Beijava-me
Fazia-me rir
Era tio, tia, mãe
FAMÍLIA!
Era um abraço tão apertado
Que eu quase nem fugia
É pai, irmã
Cachorra
Mente sã
Eu dormia e você me chamava
Você dizia: “maldita! era tão desconfortável ver e não te ter”
Era um bem danado que me fazia
Era um meio termo entre o arco-íris
Era um oceano fácil de seduzir
Se navegasse um pouco mais
Morreria afogada
de tantas mentiras que ecoavam
nas ondas que batiam conforme os sons do teclado
Era de cá, era de lá
Um som de risada com cinismo
Meio alto, meio prepotente
De regra, queria aparentar estar sempre contente
Mas a realidade era outra...

(continua)


sábado, 8 de novembro de 2014

Cicatriz




Eu tenho uma cicatriz no braço
e outra na perna
A do braço foi causada em mim
Para o meu bem
Era de uma vacina que toda criança precisa tomar
Ela deixou uma marca que morrerá comigo
Mas a ideia inicial era me proteger
Me proteger do mundo
A cicatriz da perna, eu mesma causei
Por imprudência
Por não pensar no meu próprio bem
Nas consequências das minhas escolhas
Essa cicatriz também morrerá comigo
Ela me ensinou que na vida
É necessário ter cautela
Ter paciência, ser essência
Eu me lembro de todas as vezes
em que minha mãe falava:
“cuidado, menina, vai cair!”
E eu achava aquilo tão chato, desnecessário
E hoje eu vejo que ela me protegia
Como quando me levou para tomar aquela vacina
Ela me protegia não somente das quedas 
que poderiam me ferir fisicamente
Mas das quedas que deixariam marcas invisíveis
Marcas sentimentais, emocionais
Essas são as piores cicatrizes possíveis
Pois ninguém as vê
Tão pouco podem imaginar o tamanho da sua dor
E o que realmente é essencial
Se é invisível aos olhos
Basta que você saiba a origem das suas maiores dores
Dos seus maiores aprendizados
A vida tem um jeito engraçado de ensinar
Ela prova para você que sempre é tempo
Para quem quer mudar
Que a saudade dói, mas ensina
Que a distância machuca, porém te doutrina
Que a frequência é carente
De quem não te pertence
E não se pode exigir um grande coração
De quem hoje só vive para dizer não
A vida te ensina que se você cair
Você pode usar seus braços para se levantar
A vida te ensina que tudo que se planta
Será colhido no futuro
E não necessariamente, ele será daqui a dez anos
O futuro pode ser o minuto que se segue
do horário que você acaba de ver
O futuro é olhar o seu passado
E não perecer
A cicatriz é exatamente isto
O plantio do passado
que se colherá, obrigatoriamente, no futuro
Ela é uma lei universal
Saibamos valorizar as cicatrizes
De qualquer tipo
Elas vão além do seu olho
E também do corpo físico.