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sábado, 14 de junho de 2014

A Consciência da Consequência


Como num cálculo impreciso
Necessito saber se há ou não de fato
Uma resposta
Mesmo que não completa
É aquela tal energia
Que nos impulsiona
É que a energia que me conduz
Não pode ser definida
E= m.c²!
E = m.c²!
Minha igualdade não é a sua
Sua precisão não é a minha
E de repente
Eu vejo que definir modelos
Não é o suficiente
Porque minha mente limita-se
Limita-se em expandir-se
Para o que eu chamo de realidade
Para o que a Scientia chama de racionalidade
Eu não consigo definir 
Quantas metades cabem no meu inteiro
Qual é a distância 
Entre dois corpos não-inteiros
Eu não consigo definir 
Se eu pertenço a essa Ciência
Ou se ela me pertence
Já não consigo definir 
Se há clareza nos números
Ou procura sem acessos
Se me há loucura por bloqueio
Ou clareza por excesso
Não defino, mas sinto
Não definho, nem vivo
É porque a clareza que me acomete
Sem querer te compete
Enfrente, apóia
Mobiliza, desafora
Confronta, desmoraliza
É uma sucessão de passos
E não se finda a vida
Que fazer da consciência
No surto da clareza
Que me faz falar por séculos
Sobre o que de fato
Nunca me pareceu o certo?
Que me faz sentir falta da razão
Que nunca disse um não
E também nunca deu perdão
Ao que nunca tinha dito?
Eu enlouqueço em tentativas
Encadeada, sufocada
Por aquilo que em palavras
Não se consegue por em ações
Se faço, é porque fiz
Se deixo, é porque não ligo
Que faço da clareza
Sem que dela me façam um bicho?

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