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sábado, 9 de agosto de 2014

Por quê?



Em certas fases da vida
Questiono-me mais do que vivo
Pergunto-me se são normais tantas coisas
Por que será que é tão mais fácil se afastar de Deus
A ter que se aproximar?
Por que é tão mais fácil negligenciar a ter que ajudar?
Por que é tão mais difícil perdoar?
Eu converso diretamente com você hoje
E te pergunto: por quê?
Por que sempre buscamos uma montanha maior para escalar?
Por que nunca estamos contentes com nada?
Nem com o tempo, os amores, os amigos, nem conosco!
E se eu ouço o tic-tac do relógio, eu digo: “lá se foi mais um minuto dentro de uma sensação indefinida”
Por que tudo precisa ter uma explicação?
Uma permissão, um sinal
Isso costuma ser vital
Mas as estradas são linhas amarelas
Sempre serão
No mundo vive errado
Quem acha que tudo é em vão
É um estágio indefinido
Momento perdido
Deitar na cama e olhar para o teto
Perto das estrelas, onde fica meu afeto
Porque o resto já nem posso olhar mais
Tudo que eu fiz, eu deixei pra trás
Casa, pessoas, lugares e sensações
Vivi muitas alegrias
Perdoei e pedi perdões
Eu tenho mania de medida
Medir os corações
Tenho mania de colocações
Sim, me colocar no lugar do outro
Porque é assim que eu sinto o gosto
De um pedaço que não me pertence
É um estágio. Tudo é um estágio
Tudo passa, mesmo que se concretize
Irá passar também
O Sol nasce todos os dias para nos lembrar disso
Durante o dia a luz se faz presente
Ela é sempre onipresente
Mesmo ao anoitecer
Quando é difícil esclarecer
As ideias de um mundo sem escudo
Que enfrento com medo
Na certeza de um amparo ideal
Que só existe na fé
Do seu verdadeiro potencial
Aquele que deve ser cultivado, acreditado
Que das mil viagens que farei
Em todas me elevarei ao verdadeiro lugar
Onde pertence a minha paz
No Altíssimo da divindade
Junto forças para ajudar a humanidade
Que insiste em caminhar, sozinha e egoísta
Numa Terra onde todos necessitam ser altruístas
Eu ouvi o eco do silêncio bater como Doppler aos meus ouvidos
Às vezes, soa como um apito, logo vem um grito
De alguma sensação familiar
Um gelado como a água do mar
E uma lágrima salgada, de pesar
Da dificuldade que se tornou real
Virou motivação e se pega desprevenida
Incompreendida
Saudade é a definição daquilo que não se pode ser definido
Em ações ou curtas palavras
Saudade é dar um beijo na porta de casa
Um abraço de despedida
Um carinho que anima
Um elogio que ressuscita
Viver não é ter o corpo
Viver é existir, persistir
Viver é entender, perceber
Esperar é aceitar, resignar
Que as respostas são dadas no tempo certo
Na certeza de que o amanhã não me pertence
E o medo nos aprisiona e condena
Por querer fazer algo querendo ter a certeza
De que tudo dará certo
Eu orei, agradeci, pedi
Não entendi, mas vi
Que amanhã é um novo dia
É um dia que merece alegria
Nada, além disso, me contagia
Eu não terminei a conversa
Eu apenas abri um parêntese
Ponho a vírgula no lugar do ponto final
E continuo a escrever...
 

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