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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Coringa




Você era aquela carta marcada do baralho
Eu sabia exatamente qual era
Mas sempre que precisava dela
Me lembrava de que era um Coringa
Um Alguém que não era para ser meu
Mas era de vez em quando
Era o Coringa mais Rei que eu já vi
Não somente substituía
Como também gostava de ser único
Como se nenhuma outra carta tivesse sua importância
No meu baralho
E somente aquele Coringa
Fosse ser capaz de me fazer vencer as partidas
No jogo chamado amor
Na mesa chamada vida
Mas nunca seria qualquer outra carta
Pois seu destino era ser um Coringa
Sorte no jogo, azar no amor
Azar no jogo, sorte no amor
Mas o que acontece quando não é sorte, nem azar?
É jogo o tempo todo
Mesmo havendo amor?
Parecia uma disputa de egos
Para tentar adivinhar onde o outro iria estar
Daqui a 10, 20 anos
Uma suposição de futuros
Como se realmente tivéssemos certeza de algo
Falávamos como se fôssemos dois seres oniscientes
E enquanto ele achava que eu jogava
O tempo o fez perceber que não era bem isso
E que dessa vez, ou ele se decidia
Ou ele morreria no talvez.
 

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