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quarta-feira, 16 de julho de 2014

1,2-Meta-3,4-Mor-5,6-Fose



Nas moradas do meu Eu
Sentada à beirada da cama
Eu costumava ter direitos
O de chorar foi o único que restou
Mas não foi o único que escolhi
Deitada a noite costumava orar
E Jesus era tão mais fácil de imaginar
Mas como é difícil ver luz na escuridão!
Que quase reina no meu coração
Mas a minha luz insiste em dizer não
"Aqui quem impera sou eu, também sou filho de Deus!"
Quantas vezes eu quis, eu tentei
Mas a força do hábito foi mais forte por haver um "Rei"
"Filha, não acha que já cuidou demais dos outros
e agora está na hora de cuidar de você?"
Quanta tolice é a ignorância
Seja ela consentida ou não
Eu queria ter Te escutado
Porque é inegável que a Luz sempre impera
Mas às vezes é difícil deixar de ser cega
Muita luz incomoda os olhos
Que só água enxergavam em um barco a remar
Porque também me foi tirado o direito de chorar?!
Sabe...
Eu gosto de correr, viver, brincar, sorrir e amar
Eu gosto de me amar, compartilhar, provar e testar
Nem sempre acerto, nem sempre construo
Pontes em cidades instáveis
Transeuntes
Corpos sinestésicos
de efeitos anestésicos
Corpo, mente e alma
Embarcam num riso que ecoa
na forma de alegria
Onda que entoa
e transpassa a alma
Vai além do que os olhos podem ver
Tem gente que sai pra apagar
Tem gente que chegar pra agregar
Paz, sossego, liberdade e aconchego
É tudo do meu apego
Que nem sempre é tátil
Na maior parte das vezes é sádico
Amar em corpo
O que se viveu no passado
"Si" que vai com a melodia
"Ré" que a vida tardia
No dedo se toca uma melodia
Eu sempre ouço uma cacofonia
É uma mistura de sabedoria
Escrever sob um céu estrelado
Deitada sobre um estrado
Em um outro estado
Onde a mente flutua
Como a Lua
e reflete meus sonhos
Que busco em Morfeu
O meu Eu
Que há pouco parecia perdido
Porém, me foi devolvido
E está prestes a ser resolvido
O direito de ter o meu Eu protegido.