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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A Busca



A busca é uma arte
Que nem sempre é definida
É como aprender a tocar um instrumento musical
Requer paciência e concentração
Um toque desafinado, mas determinado
É como uma canção
Pode demorar a eternidade
Dependendo da sua emoção
Eu estou no lugar das notas
A ser tocada pelo vento
Buscando um contento
Dentro de todos os limites
Que ultrapassam toda a normalidade
Sem falar da banalidade
que insiste em me cercar
Da parte que me toca
Até me reencontrar
Abraços verbais
Carinhos virtuais
Emoções reais
Que tanto busco respostas
e vejo o que me satisfaz
Talvez andar até de costas
mas sem olhar pra trás
Pensar em tudo que passei
Em tudo que superei
E até melhorar, eu melhorei
Muito me machuquei
no contrato da vida
que não renuncia
mas te denuncia
o que tu deves levar
Levar somente aquilo que for importante
Como um eterno viajante
Amante de Cervantes
Me julgo um ser errante
Como os autores dos livros da minha estante
Que viveram para contar os seus feitos
e foram cheio de defeitos
mas que mesmo sendo imperfeitos
Tiveram seus efeitos
Busco tanto saber qual é a minha busca
Que já nem sei se ela ainda faz parte de mim
ou se assumiu forma e conteúdo próprio
Talvez um dia eu precise buscar a Busca
E mostrar que ela é importante
Mas sem direção, sentido
É quase irritante
Talvez Ela aprenda
como era bom um dia
Ser apenas iniciante.

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