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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Quimera



Foto: William Aguiar

São aquelas fases que você passa sem notar
É como se todos te olhassem, falassem de você
E com você, para você.
É uma liberdade que nunca sai de uma prisão
A do pensamento.
Escrevo para aliviar toda aquela sensação de aperto
Da saudade, distância, família, amigos, lugares
Do vento que secava minha lágrima
Do Sol que ardia quando mal ainda era dia
A carne que meus ossos suportam
Por vezes parece ser tão fraca
E dentro de mim tão pesada de suportar
Algo que talvez eu não soubesse explicar
Buscar, buscar e buscar...
Sensação de concorrência
Pra bater a própria competência
Muitos talentos, rostos e olhares
Poucas palavras e gestos
Sem ter certeza para quem dou o meu afeto
Se escolho demais, não me resta ninguém
Se dou demais, viro um alguém
Então como faço para achar um equilíbrio?
Como faço para manter o rosto erguido?
Busco tantas explicações e por vezes
Esqueço de que a maioria das pessoas também não sabe
Nem onde estão, nem para onde vão
Tão pouco com quem estão
Não querem ver, saber, pertencer
Somente viver por viver
E já me questionei tanto se estou errada
Se fui muito apressada
Se merecia ser perdoada
Se a chance devia ter sido me dada
Se eu deveria ter cruzado esta estrada
Eu sei, fui eu quem escolheu
Viver no mundo sabendo que ia se perder do meu eu
Unido por um fio de confiança e uma corda de amor
Procuro uma baía para lançar a âncora da paz
Fixar a luz, o amor a tudo àquilo que me traz
Calma, amor e um (a)braço capaz
Que tanto penso e sinto que existo
Persisto em algo que considero errado
E aí escuto: “você vencerá”
Deus, Tu sabes o que faço, como faço
e quando irei fazer
Por favor, suporte os meus pés para que esta vida
Não me mate de desprazer
Sustenta meu corpo, pois nele uma alma habita
Antes de cruzar a ponte para a outra vida
Quero ser feliz também
E fazer o bem
Não vendo a quem.

Um comentário:

Unknown disse...

Lindo! Parabénss Alkih! ;)