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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Nó-É Na Garganta



As coisas que busco
Nem sei mais quais são
Rezo a deus pedindo alívio
Porque me sinto buscando algo
Que nunca tem explicação
Já não conseguem diferenciar mais o joio do trigo
Tudo está generalizado
Totalmente deturpado
Andando sempre fora dos trilhos
E há quem se pergunte do que a vida é feita
Quando teremos nossa eterna colheita
É tanto medo que ninguém suspeita
De viver um sonho, um dia de sol
Alguém socorre uma mente brilhante
Uma alma saudável
Que vive inconstante
Não entende muito bem os seus instantes
Sempre tão distante
Ela se pergunta se um dia tudo isso vai passar
Ou se alguém pode compreender sua alma
E todo esse mal-estar
Essa moça sorri e parece que o Sol nasceu
Cresceu com fé
Enfrentou de pé
Seu maior inimigo
Gritou em silêncio
Dormiu se cobrindo
Acordou renascendo
Águia que sobrevoa o meu tormento
Não faz ninho
Nem morada no meu sofrimento
Vá embora voar
Vá pra natureza que é o teu lugar
Vento que veio
Trouxe alguém pra me ajudar
Talvez até amar
E eu só queria compreender a dor
O silêncio que me acomete
É o que qualquer cristão se refere
Quando chora na calada da noite
Ou no sonho, ou simplesmente
Chora em meio à multidão
Uma sala vazia não implica na solidão
E uma alma cheia nem sempre se encontra
Em meio a uma multidão
Já vi almas cheias de tudo
Inclusive nada
E quem não tinha nada
Me deu tudo
E quem tinha tudo
Não soube dar nada
Escrevo porque minha garganta sufoca
E não quer morrer engasgada
Por palavras que nunca disse
Com medo de caretice
Não, esse ela não carrega!
Ela fala sempre tudo o que pode
Mesmo que seja severa
Ela se pergunta se um dia vai aliviar o peito
Com tanta pergunta aberta
Vinde a mim vós que sofreis
Nosso Pai nos disse
Nossa Senhora me cobre com seu manto
Azul que me tira todo quebranto
Branco que acalma é o Espírito Santo
E que assim seja
Se sofrer hoje
Ria amanhã
Mesmo que soe para sempre.

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