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domingo, 13 de setembro de 2015

Domingo


Domingo é o primeiro dia e eu odeio
Mas ainda sim, eu agradeço
No Domingo tudo acontece
Inclusive nada
É dia de pensar, reviver, recordar
É dia de esperar passar, dormir e acordar
Fazer plano que nem sabemos se irão se concretizar
Domingo é dia de amar e odiar
É o dia da alegria, mas também da melancolia
É dia de se espiritualizar
Neste dia ouvimos uma música qualquer
Que nos lembre de situações, lugares ou pessoas
Ou nos traga sossego e aconchego
Ou ouvimos a música barulhenta dos nossos pensamentos
Ou não ouvimos nada
Muitas vezes a única coisa que podemos ouvir
É o nosso silêncio
E ele nos diz tanta coisa
Que muitas vezes ficamos confusos
Com tantas palavras mudas e sentimentos ocultos
Domingo é dia de olhar para uma foto
Ou para si próprio
É dia de ligar a TV e ver programas populares
Ou mesmo achar um bom filme
Domingo é dia de olhar para o céu
Ou olhar para o nada
É dia de olhar além
E às vezes não enxergar nada
É dia de olhar para alguém
E não se arrepender de nada
Domingo traz um tudo
E um mix de nada
Traz loucura embutida
Numa eterna gargalhada
Domingo lembra que segunda se trabalha
E que nada mudará na terça e na quarta
Porque mudar o mundo é mudar a si próprio
E é impossível obter resultados diferentes
Realizando sempre as mesmas ações
Seja quinta ou sexta
Tenha sempre certa leveza
Se possível, clareza
O sábado chega para nos preparar
Que assim que Domingo chegar
Tudo irá recomeçar
Reinvente-se.


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