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sábado, 12 de julho de 2014

Senti(r)(o)(mo)mento

Foto: Karla Leopoldino

A rotatividade do sentimento é constante
É do tipo que cerca, vigilante
Tem sentimento que vem, domina
Se cria, espalha
Que vem na forma de lágrima
Pra expressar o carinho que vem
Do lugar de onde tem
Vários afetos de quem nem esperamos
E afetos de quem gostamos
Eu aposto sempre que o sentimento
É o afeto em excesso que desestrutura pro bem
A gente fica sensível mesmo
Quando recebe muito
Daquilo que quase não tem
É o sufoco de um choro em expansão
Que sempre escutou um não
Pra não fazer feio no meio da multidão
Que quase me pego fazendo o contrário
Do que sempre fui acostumada a fazer
E que não é errado, não faz mal algum
Não existe drama ao demonstrar emoção
Porque sentimento é pessoal
Não é demonstração de horror
Cada lágrima tem motivo
Se molha o olho, mexe o coração
Por favor, que os corações bombeiem mais sangue
Em corpos que não vivem, sobrevivem
A censura de demonstrar o que pensam, querem
Se idade fosse sinônimo para vida
Pequenos, adultos, idosos
Jovens cuidem-se
O tempo é a brevidade, breve idade
E o que eu pensava, penso
E transformou, o vento
Levou o que eu acabei de pensar
E já mudou novamente
Tudo o que eu estava acostumada a olhar
Com olhar crítico
Espírito infundado
Nas verdades não universais
A falta que a falta faz
Que o tempo joga
E implora
Pede pra voltar
E pra ir embora também
Se ficar assim, acostuma
Se melhorar, piora
Acomodar não aflora
Ideias que tenho para uma vida inteira
E a força que costumava ter
Às vezes some
Ou multiplica no tamanho no meu ser
Depende muito do meu ver
Que para ser feliz
Vai além de mim, do tempo ou de viver
O momento que parece crítico
Resolve muitos conflitos
Bem maiores que os contentos
E não foi engano meu
Que transformei tudo a minha volta
No tamanho que eu quis dar.


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